sábado, 13 de agosto de 2011

UM MERO ACASO




UM MERO ACASO(ALMA DO SILÊNCIO)

Se por acaso a marca ficar,
se formar uma grande cicatriz,
não vou me incomodar,
não vou tentar arrancar de lá,
quero que saibam que eu tentei,
que eu tenha a certeza,
que eu me rasguei,
que fiz tudo que pude,
não me envergonho por haver tentado,
não me entristeço,
por haver lutado,
pior seria não ter agido,
se nem conseguido,
quero me lembrar amanhã,
dessa ferida,
que foi dolorida sim,
mas que eu lutei,
que eu fiz o que pude,
não quero uma mentira vazia,
nem meias verdades,
quero sentir o amargor da vida,
depois saborear o doce pecado,
não quero uma mentira plastificada,
que venha enrrolada,
quero a verdade ácida,
quero saber que venci,
se for este o caso,
não sou de ficar esperando,
vou tentar até o fim,
vou lutar por mim,
prefiro a bebida amarga,
que um vinho doce,
com mentiras
prefiro sair de mim,
cometer loucuras,
ir em minha busca,
não sou uma princesa perfeita,
sou uma madrasta desfeita,
não quero ser rude,
quero me atirar no açude,
ter tudo que mereço,
lutando os avessos,
ser sempre eu mesma,
desajustada
e sem defesa,
não sou perfeita,
sou um mero acaso!!!

ANA ELIZABETH BAADE
IMAGEM DE AUTOR DESCONHECIDO

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