quarta-feira, 18 de abril de 2012

SEM ALARDE

Pobre do poeta triste, que em riste da sua forma, que nunca se conforma, em ser uma simples peça, em ser apenas uma proposta pobre da menina repleta, que não se completa, e não se confessa, e depois se despede, em ser uma reforma, sou como esse poeta, como essa menina, não sei onde começo, nem onde termino, quero meu próprio destino, quero ser o ator, ser a artista, sem ter acordes, ser a música sem retoques, pobre de mim, que sou assim quero me entupir de tintas, pintar com todas as cores, quero desenhar as flores, saborear as canções, viver de amores, coitada dessa palhaça, que nunca se emenda, em sair de cena, em pedir suas contas, em ir embora, sem olhar pra trás, sem cantar um rapaz, pobre dessa menina, que nunca ensina, que furou sua retina, não enxerga nada, que entende menos ainda, pobre criança, que tarde chega, sem ter receio de mentir, de acudir, quem dela precisa, vai sofrer, mais cedo que se lembre, mais tarde que remende, um dia quem sabe, sozinha e sem alarde, sem querer, e com seu sofrer, ela aprenda!!! ANA ELIZABETH BAADE

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