Ai se eu pudesse sonhar com a força inconsequente
da tua sábia inocência,
e com ela assim ,
desajeitadamente,
eu conseguisse te inventar,
ainda que me fosse dado,
o segredo desse teu
invisível contexto,
talvez quem sabe enfim,
dessa maneira meio abrupta,
eu me permitisse entender,
esse teu jeito,
desconexo de amar !!!!
A alma que é acometida, além de momentos, feita assim ,de prazer e de puro consentimento, quando lhe sobra razão para o sentimento, é como a minha alma, que serve de instrumento, para que a minha essência me desnude em palavras, e não se abasteça com tardios lamentos!!
Se através dos meus olhos
tu pudesses me ter
se pudesses me entender,
talvez no vislumbre
dos teus passos,
tu me conterias
e me encorajarias,
e me afrontarias o aço,
Se nos meus braços,
tu me detivesses,
quem sabe assim,
tua alma me encontraria,
e assim ,
quem sabe assim,
tu me encantarias,
Se tu voasses com o vento,
e me contasses tuas verdades,
talvez no uivo desse alento,
tu me desses tuas tardes,
Se no alumiar do tempo,
tu conseguisses me vencer,
conterias meu cansaço,
e quem sabe assim,
somente assim,
tu conseguirias me ver!!
Ana Elizabeth Baade —
Nunca se contente
em me ver arrumadinha,
e as vezes,
bem penteada,
se preciso for
me desalinhe,
e me deixe
ainda mais
perturbada,
não sei me ver
certinha,
muito menos
concretizada,
tenho sonhos
desconexos,
e defeitos
emancipados,
sou simples
e imperfeita,
sou o sonho
e o acalanto,
sou destemida,
e alucinada,
quer me ter??
então me tome
quer me entender??
então se manque,
pois nem sempre
sou almada!!!
Ana Elizabeth Baade —
Olhando a vida
através de mim,
como se estivesse
á beirada da janela,
vejo o outro lado,
como a lua ,
que inspira o sol
e encontra-se através dela,
como uma borboleta
em sua encruzilhada, que também descuidada em sua crisálida,
deixa-se abrir
com a força
das sua falhas,
para depois consumir-se e desnudar-se,
sentir que foi apenas ela,
contornando seu próprio eu,
refletida em sua imagem,
movida pelo desejo, e pela vida afora,
deixa-se levar,
pela sua,
descabida e
indefinida estrada!!!
Singela é a bela e fascinante alma que integra-me,
que espreita-me á sombra e conserva-me desde sempre eterna,
antes mesmo que a tarde chegue e que a noite volte,
ressoa o som do meu silêncio que grita,
apesar da minha
irrelevância,
apesar da minha
ignorância,
sob o véu que envolve-me e o céu que recobre-me,
assim sou eu,
sempre que vejo-me olhando
o meu avesso,
ainda assim não percebo-me e desnudo-me, e antes mesmo que o dia chegue ao fim, componho-me apesar de mim!!
E eu me perguntava......
sempre que me abandonava,
com a simples ideia
de apenas sobreviver
são tantos
os movimentos desumanos,
ou afagos humanos,
sei lá.....
o que era mesmo
esse entender,
esse tal querer??
o que fazer com ela,
eu que sempre
me enrolava,
meu destino??
nem de mim,
se apiedava,
mais e dai??,
pensava eu,
pobre de mim,
que cedo
me dano,
que voo,
e me iludo,
e ainda assim
me amo!!!
o que era a vida,
deixei de querer saber,
agora.........
eu avesso de mim,
ou eloquência sem fim,
apenas me deixo viver!!
Ana Elizabeth Baade —
Invisíveis como o tempo,
como um feito de luz o vento leva
o meu pensamento,
flui de mim como uma canção lapidando meu coração,
deitam-me sem venda confessando assim minha doce ilusão,
são minhas asas,
que intrigam-me e desligam-me,
levam-me aos sonhos
impossíveis,
pousam-me em lugares
invencíveis,
viajam comigo arpando os desejos
mais sensíveis,
confessam-me os
segredos mais incríveis,
reflexo do meu espelho,
antes avesso,
voam aquem de mim,
muito além do fim.....
Triste madrugada fria,
quando a noite é demorada
e constata a doce insônia
que desassossegada
lembra a nostalgia,
nos sonhos muito óbvios
situa-se a agonia,
cansada de lutar,
deixa-se lembrar,
da noite que alumia,
sentia-se vazia,
mais ainda lembrava,
com louvor,
do sabor
com gosto de desejo,
e do seu
inusitado beijo,
oh, lua vem se achegar
ate a mim,
vem me trazer o sono,
que nunca
me deu abandono,
vem me acalmar,
esquecer os meus lamentos
vem me encantar,
e me trazer contentamento,
trás também consigo,
o queimor do sol
pra me iluminar,
quando o amanhecer chegar!!!
Ana Elizabeth Baade
Que as águas que lavam o mundo,
sejam límpidas,
apesar das nuvens negras,
e mesmo que sejam tórridas,
concordem com a sua corredeira,
que limpem a minha alma,
desde que lavem o meu espirito,
e que sejam meu espelho
pra vida inteira !!!!
Ana Elizabeth Baade
Se me fosse dada
a existência tua.....
eu esfera de mim,
ser-me-ia doada,
na luz que te irradia,
por entre sombras
e ilusões afim......
se me fosse perdida
a cor ausente,
que me fez nua.....
na noite sem lua
eu ser existente,
eu me petenceria
e me calaria sua......
entre minha essência,
que sem mim,
te aborda......
e minha consciência,
que sem fim,
nos discorda......
eu me veria crua,
e sem razão,
me queria sua,
eu ser de mim,
eu ser ,asim.....!!!!
Ana Elizabeth Baade
Como se eu ainda fosse um feto,
e presa em minha crisálida,
sabendo da lagarta que fui,
vivo como uma criança,
que acaba de nascer,
desejando um dia
poder crescer,
se ainda engatinhando,
espero no tempo
que me leva,
e no meu entender
ainda me aguento,
levemente amedrontada,
pouso minhas invisíveis asas,
e me perco na minha
ausente e eterna lembrança,
deixo assim vir a mim,
as cores da minha inconstância,
sendo a vida tão alucinada,
pinto o doce sonho lilás,
e o verde da minha eloquente
esperança!!!!!!
Ana Elizabeth Baade
Com a fala na mão,
regida pela partitura
que rege,
como déspota de um papel que cresce,
vai surgindo sob linhas rimas que desalinham-se com palavras sob os
sons sem ecos ,
que juntam-se e comprimem-se em vários pontos de luz para aqueles que exprimem-se,
assim no meio do deserto que cala os pontos ligam-se e os poetas vibram,
na candura que faz-se e na ternura que refaz-se,
vai surgindo assim um tal poema,
que sem permissão alguma
por si só define-se,
e em meio a tantas linhas,
ele silenciosamente:
grita!!!
Vestida como se eu fora um sonho
escondida sob o meu espírito,
com a carne em tremedeiras,
a emoção me levanta,
sob a pele enrugada,
o sangue a me aferventar,
estou eu aqui
procurando me regenerar,
como pau-a- pique,
eu sempre envergo,
a espera de respostas,
fazendo-me acreditar,
desde então ...........
desenho-me neste papel
amassado pelo tempo,
procurando me concentrar,
tateio as perguntas,
pelo o vento que me leva
e com a correnteza que me pega,
fazendo-me assim
eu rima de mim,
delirar............
desejos que me aliviam no fim,
e eu .........pobre mortal,
sendo assim
poeta do silêncio,
transformo-me em mim!!!!!
Ana Elizabeth Baade —
Pobre do poeta triste,
que em riste da sua forma,
que nunca se conforma,
em ser uma simples peça,
em ser apenas uma proposta
pobre da menina repleta,
que não se completa,
e não se confessa,
e depois se despede,
em ser uma reforma,
sou como esse poeta,
como essa menina,
não sei onde começo,
nem onde termino,
quero meu próprio destino,
quero ser o ator,
ser a artista,
sem ter acordes,
ser a música sem retoques,
pobre de mim,
que sou assim
quero me entupir de tintas,
pintar com todas as cores,
quero desenhar as flores,
saborear as canções,
viver de amores,
coitada dessa palhaça,
que nunca se emenda,
em sair de cena,
em pedir suas contas,
em ir embora,
sem olhar pra trás,
sem cantar um rapaz,
pobre dessa menina,
que nunca ensina,
que furou sua retina,
não enxerga nada,
que entende menos ainda,
pobre criança,
que tarde chega,
sem ter receio de mentir,
de acudir,
quem dela precisa,
vai sofrer,
mais cedo que se lembre,
mais tarde que remende,
um dia quem sabe,
sozinha e sem alarde,
sem querer,
e com seu sofrer,
ela aprenda!!!
ANA ELIZABETH BAADE
Encontro-me absolvida,
voando em meio ao azul da minha essência,
minha alma cintila de luz,
minha vida reluz,
sinto-me extasiada,
diante da minha aura de emoções,
envolvo-me e sinto um leve sussurar de sedução,
totalmente seduzida.........................................,
deixo-me sonhar!!
Ana Elizabeth Baade
um momento........
ainda estava presente,
só por um instante,
sou feliz,
ainda pertence-me,
sinto-te,
sem entender meu sonho,
não tinha certeza,
a vida se fez ,
em mim talvez,
por um instante,
só por mais um instante,
ainda sinto-te,
ainda amo-te............
Ana Elizabeth Baade-
Pobre do dia que torna a vida triste do poeta
que se abre em fases
e veste a parte que lhe avisa,
pobre da mulher que se amada for,
permita que a terra se abra em sua frente e lhe atire,
pobre da fase que lhe torna as tardes tristes,
do tema que lhe permite ser uma poeta
e da a vida que dividida em fases lhe torna mais livre ,
que sua poesia seja sua essência...,
que o silêncio não se torne ausência,
que a vida da mulher triste seja dividida em fases ,
mas se poeta for,
que a vida seja feita em tardes mais felizes ,
e que o dia do poeta não se perca mais em terras tristes!!
Ana Elizabeth Baade-
Como num sonho a imagem lenta da inconsolável miragem aparece , o som de um tímido beijo me aquece, por alguns instantes me vejo por trás da neblina onde o destino me esquece e os desejos distorcidos acontecem,infinitos segundos consomem um pedaço do tempo, a vida passa por mim tão distante que no olhar triste do meu semblante, não consigo ver o despertar dos meus insubstituíveis instantes!!
Ana Elizabeth Baade
Hoje eu sou assim,sou o avesso racionado,o defeito adequado, sou imperfeita e impaciente, sou o meio e o fim, agora sou passado , o desejo enjaulado, sou o sonho anulado, tenho o cheiro de jasmim, ontem surreal, fui o plano ideal, fui a aurora boreal,fui retalho de cetim,amanhã não quero mais, sou a aquela que não faz ,sou a outra incapaz, a menina carmesim ,serei fada ou arlequim!!!
Ana Elizabeth Baade
À sombra calada fui pétala, sozinha desabrochei, presa as
suas insólitas raízes me encontrei, ainda agarrada na sua palpável energia fui terra, e dependurada nas suas entranhas me salvei!!
Ana Elizabeth Baade
O poeta escreve com a alma de cetim, faz da sua morada um recanto do jardim, floreia o texto com sofreguidão,e concentra o espírito com sua languida paixão, o poeta é louco por estranhar o que imagina, é santo quando determina, ser poeta é ser insano,é sonhar a vida sem plano, é tecer a teia da veia e escrever com a palma na areia, é esbanjar o riso e desejar conciso, é desenhar a palavra com louvor, é mendigar a dor e amar com queimor, não sou poeta, sou uma alma que escreve com ardor!!
Ana Elizabeth Baade
Se tu me avalias, quanto eu estiver no meu avesso, talvez tu me vejas como eu realmente sou, porque certinha e enfadonha talvez seja o meu direito ,e essa sou eu quando me olho no espelho, tu sabes que eu sou desigual, não tenho padrão, nem fórmulas certas , não sei cumprir as tais maneiras especiais, assim quando tu quiseres me ver da maneira certa, se vira de ponta a cabeça,porque ai sim, tu vais me ver, como eu sou, o avesso do meu avesso!!!
Ana Elizabeth Baade
Tudo que sei, ainda num casulo, do perfeito ornamento que é a metamorfose, sou a crisálida que ainda me sustenta, tudo que penso, do futuro não voa, é o tempo do agora, pertence-me e ainda ecoa, tudo que sinto, ainda rasteja, como a lagarta que me festeja e me aplaude por minha natureza, tudo que serei, o sonho, como o tempo que reflete no espaço , como a borboleta que anseia, com sua magnitude,que enquanto exita, também me explica e receia!!!!
Ana Elizabeth Baade
Não digo que sou santa, porque na verdade o sal de quem eu sou, há muito já esqueci, o certo e o errado já partiram, e a minha essência é flutuante, restou apenas o domínio das cores e do tempo, levo comigo o som do vento ,que deixou em mim a brisa do mar, que me leva a lugares mágicos e me faz sonhar!!!
Ana Elizabeth Baade
Ai de mim que sou asssim, se fosse uma fada, que dela seria, ai de mim que acontece a cada manhã, e como o sol enrriquece e se enobrece, como a era que acontece, quem me dera poder voar , lapidar a terrra e nunca me ausentar, ai de mim que sou assim, como gente que ama e sonha, quem me dera poder me despetalar, e como uma rosa poder exalar, ai de mim que sou assim, que choro e canto, que abraço e danço, ai de mim que sou assim, quem me dera ser outra e ainda assim,ser de novo eu em mim, ai de mim que sou assim!!!!
Ana Elizabeth Baade
Levada com a maré e deslanchada aos 7 mares, é a força da palavra
como a pedra atirada, destemida e agitada,
queima em suas
entranhas,
como brasa eriçada,
deixa-se presumir
como uma rima
desencontrada,
fica á deriva,
como o dito que
não se salva,
destemida pode
ser vida,
desconsolada é desvairada,
assim feito ondas
que em círculos cresçe, mesmo sozinha é respeitada, forte é a palavra
assim que é dita
ou escrita,
por si só
se basta!!!
Depois da aourora,
chega sem nenhuma timidez
a manhã ensolarada,
que despida de sonhos,
veste-se de desejos,
depois vem sozinha
sem acompanhamento,
o encantamento da tarde,
que sem vestígio,
sorrir para o tempo,
e consome-se de festejos,
então que chegue logo ,
a noite estrelada,
me encante de paixão
e que não me domine
a ilusão,
que se faça o sol,
e a vida seja iluminada,
mais quando........
a chuva enganosa chegar,
que suas nuvem carregadas,
não venham me saudar,
que seja luz.......
sempre que o dia raiar!!!
Ana Elizabeth Baade
Há doce é o olhar
da tua alma em chamas,
quando em silêncio me amas, doce alma tua essência é camurcina,
alma de mulher
em constante desatino,
quando louca é intepérie e serena é repentina, há longo é o tempo
quando doravante tu me dizes,
que tu falas no olhar,
e tu calas no sondar,
há alma destemida,
quando amas sem tempo e desejas incontida , serena alma de mulher,
quando pintas tua tela com tuas cores feminina, minha alma sorri e instantaneamente alucina!!!!
Quão sábio é o silêncio,
que se antecipa ate a mim,
e sendo óbvio,
nunca se indignina no fim,
quão difícil é esta arte,
que se inflama,
e mesmo ausente
me chama,
quem me dera poder,
essa hora entender,
sendo longe,
ou outrora,
se faz em mim agora,
quem me dera ser,
e ate mesmo fazer,
de mim
um grito mudo,
que silenciosamente,
me denuncia,
e num tom agudo,
e instável
me desafia,
quem me dera crescer,
e mesmo ainda
engatinhando,
poder amadurecer,
e ainda em silêncio,
poder entender!!!!
Ana Elzabeth Baade —
Vou vivendo,
por entre um pesar
e um bem estar,
vou deixando
que o sangue
corra ferozmente,
pelas minhas veias,
vou me deixando levar
com a correnteza
que me arrasta,
assim na orla da maré
que me atormenta,
eu vou me banhando ,
pé ante pé ,
na beiradinha da vida,
esperando que a onda
desorientada do meu mar,
lave bem a minha alma,
e no meio das minhas culpas,
eu não me afogue!!!
Ana Elizabeth Baade
Eu fui o meu avesso
quis ser o meu direito,
mais quem sou eu?
pra conhecer o certo?
quis entender o meu deserto,
apenas me perdi no afeto,
quis conhecer o fruto da verdade,
mais como se não enxergo
nem a eternidade?
quis ser o atriz principal,
mas como ?
se nem sei segurar o avental,
quis ser uma fada,
mais como ?
se não sei fazer mágica,
quis ser um anjo,
mais de que adianta,
se não sei
nem entender o meu demônio,
quis tudo,
e não tive nada,
pois ainda estou presa,
no início da minha caminhada!!!
Ana Elizabeth Baade —
A vida ta ai pra ser vivida, se de bons ou maus momentos, esta é a
diferença que comentemos..........................é o alimento que damos a ela que nos barganha , ou faz de nós uma grande vergonha!!!
Ana Elizabeth Baade
Da vida que em mim se projetou
to cansada de ser me próprio refletor
da vida que em mim se partiu,
to cansada de ser a parte que me reuniu,
da vida que em mim se descobriu,
to cansada de me entreter
e de sofrer no vazio,
da vida que em mim se alastrou,
to cansada de ser meu cobertor,
da vida que me faz
e a que eu pertenço
to cansada de me disfarçar com um lenço,
da vida que me tem e me domina,
to cansada de sempre ser eu,
aquela que te alucina............
NA minha vida quero ser eu,
quero me pertencer,
to cansada de ser outro alguém
que nem conheço bem!!!!
Ana Elizabeth Baade
Ate onde vai o sal da terra,
que compõe o mar,
que perturba uníssono,
e se perde no infinito
ate onde vai a brisa
que sopra no ar,
que some no tempo
e se esvai com o vento,
ate onde vai a dor
que se alimenta de vida,
que renova a terra,
e se desfaz com a era,
ate o onde vai a sombra,
que derrete o sol,
que demanda energia
e se consome de caloria,
ate onde vai a natureza,
que perdida se renova,
e com a força do peito
e se refaz no leito!!!!
Ana Elizabeth Baade
O TEMPO É O SENHOR DA VERDADE E DE TODAS AS NOSSAS RESPOSTAS, SERÁ SEMPRE NECESSÁRIO UMA QUEBRA NO TEMPO, PARA QUE OS DESPOJOS DA NATUREZA DIVINA SE ACOMODEM, SE FAZ TAMBÉM NECESSÁRIO, PERDOAR E TENTAR ENTENDER A RAZÃO MAIS QUE PRODIGIOSA, DE TODOS AQUELES QUE, COM OU SEM SENTIDO, SÃO APELIDADOS DE SERES HUMANOS!!!
ANA ELIZABETH BAADE
Não diga para a rosa
que um dia te pariu,
sobre a dor,
dos seu espinhos ,
nem que ela ,
um dia te iludiu,
fale do seu perfume,
que outrora sabia,
das pétalas macias,
que com sua fluidez,
no seu tempo surgia,
não chore pela dor,
que sua tez lhe deixou,
nem pelas lembranças
do cheiro adocicado,
que um dia te inebriou,
sussurre aos quatro ventos,
pelo sopro da magia,
que em um dia febril ,
com sua energia,
ela te encantou!!!
Ana Elizabeth Baade
Na inquietude infindável, da minha memória , ficaram as rimas que outrora me desnudavam, ficaram os temas que no coração, entoavam, ficaram também a insondável lembrança ,que no infinito íntimo do meu ser , me emocionavam!!!!
Ana Elizabeth Baade
Me leva noite............
como se fora o silêncio que te antecipa,
me leva nos sonhos que te felicita,
que se diluem em fantasia como se fora tua donde vives em nostalgia ,
me leva noite.........
na sombra e
em brancas nuvens,
no uivo do vento como se fora teu alento,
no sussurrar do momento, me leva em encantamento,
me leva noite..............
me desfaz no ar do tempo,
me faz desejar e viver em teu templo,
me despe e me chama,
no escuro do teu véu,
no regalo do teu céu,
me leva noite........
e ao me desnudar
quando calar,
me acalenta
no teu ombro,
e me deixa ao léu..............!!!
Diz-me que entendes as dores do mundo, que podes me fazer sarar, que eu te curo todas as feridas, desde que me digas como, se puderes me contar....!!!
Ana Elizabeth Baade
Que o gelo da redoma tome forma,
quando a força do sentir jorrar,
que o frio nunca enriqueça,
quando a fonte do amor
pensar em acabar,
deixa que a emoção seja forte,
para que a alma se abasteça,
assim quando a saudade bastar,
que essência não padeça,
traz sempre consigo um desejo,
que em sonho cora,
para que nunca deixe,
meu coração em penhora!!!!
Ana Elizabeth Baade
Dividida entre
a sombra
e a luz
de mim parida,
entre o dom
que me detém
e a pétala
que me contém,
entre o silêncio
que me domina
e rala
que me determina
e me deixa
nua
e sem fala
entre a escrita
que me desnuda
e cala
e a paixão,
que me corrói a alma
sou eu inteira,
quando me exprimo,
sou imperfeita
quando me reprimo!!!
Ana Elizabeth Baade —
Sem nada a dizer,
sem ao menos pensar,
foi-se o dia de mansinho sem saber o que falar,
o entardecer que já era foi-se logo como a era, o amanhecer avisou e logo cedo chegou,
desde sempre soubera que a vida adiantou-se,
com flores na janela a história declarou-se......
quimeras sabidas que na tela pintou-se,
na aquarela cedida quando a tinta aflorou-se,
da perfídia que veio e na calada desenhou-se, quando o silêncio falou e a peça atuou ,
foi-se o vento que chora como a areia na orla.....Há quem dera pudesse voltar na quermesse........ quem dera pensasse que o tempo voltasse!!!!
Queria tu buscar a tal dita,
pegar e não soltar,
queria nós tentar........
sem jamais se machucar,
ou quem sabe
ate falar,
queria tanto............
com qualquer encanto,
o sabor do tanto,
ou ate sonhar.................
já ouvi dizer,
que sem ela ter
e sem te conter,
é impossível ser
a tal felicidade..........
é pra sempre ver!!!!
Ana Elizabeth Baade
Silencia-me..............
com a tua entoada canção,
que de tão mágica
me encantou,
fala-me............
da tua emocionada paixão,
que de tão iluminada,
me focou,
deixa-me sonhar............
acreditar no teu amor,
deixa-me querer...........
esquecer o meu sofrer,
desenha-me em tua pele,
cicatriza a minha ferida,
desenvolve a minha sílaba,
tatua o meu coração,
desfaz-se em emoção
seja pra mim.......
o meu ânimo
faz de mim .........
o teu sinônimo!!
Ana Elizabeth Baade
A medida que la cola de un cometa
insinúa que ahora,
se diluyó con la sombra del espacio,
si la luna está sonriendo,
disipado la ilusión
ama con una pasión,
estrecha y apaciguar,
poco a poco la distribución de
presa de una excitación febril,
el mejor amante
entre todas las estrellas,
el sol brillante,
concentrados y continúa,
la luz gobernados,
el sol y la luna se perpetúan!
Ana Elizabeth Baade
!